INTERADUS: Familia Puccio - Clã macabro que chocou a Argentina vira filme
Familia Puccio - Clã macabro que chocou a Argentina vira filme
A Família Puccio
"Uma das coisas mais horríveis desta história é que sua família estava ciente e Arquimedes agiu livremente em sua casa, mesmo tendo prisioneiros lá. Seu filho Alexander foi um popular jogador de rugby, enquanto ajuda seu pai em família no negócio".
Clã Puccio - Todos sabiam o que ocorria dentro de casa e ajudavam o patriarca da família.
Para seus vizinhos, Arquimedes Puccio era apenas um morador calado e meio esquisito do bairro de San Isidro, que com a família ia a missa aos domingos e era cordial com todos. Conhecido como “o louco da vassoura”, por varrer a calçada diante de sua casa repetidamente e em horários pouco habituais, o contador e advogado era o líder de um bando de sequestradores, que incluía amigos e dois de seus filhos. Um deles, Alejandro, era um popular jogador de rúgbi, então com a carreira em ascensão e popular no local. O grupo escolhia suas vítimas entre moradores do bairro. Abordava seus carros e, como eram conhecidos, não tinham dificuldades para subir neles, alegando precisar de carona.
Atores do Filme O Clã
A primeira vítima foi Ricardo Manoukian, um jovem de 23 anos que, em julho de 1982, foi sequestrado quando ia de carro ao trabalho. A família, assustada, pagou o resgate de US$ 250.000. Mesmo assim, Arquimedes ordenou a morte do rapaz, executado com três tiros na cabeça e abandonado num local fora da cidade. O segundo foi Eduardo Aulet, que jogava rúgbi no mesmo time que Alejandro, o Club Atlético San Isidro. Levado em maio de 1983, também foi morto, mesmo depois de a família ter pago US$ 150.000 na esperança de revê-lo com vida. Seu corpo só seria encontrado quatro anos depois. No ano seguinte, os Puccio tentaram também sequestrar o empresário Emilio Naum mas, como este resistiu, levou um tiro no meio da rua, morrendo ali mesmo. A última vítima, Nélida Bollini de Prado, foi a única a escapar com vida, resgatada, enfim, pela polícia.
Alejandro Puccio era jogador de Rugby. Morreu em 2008, vítima de uma infecção generalizada, poucos meses após obter sua liberdade condicional.
O que causa especial surpresa no caso é que o cativeiro das vítimas dos Puccio ficava dentro da própria casa deles. O trailer que anuncia o filme dá o tom macabro de toda a trama. Arquimedes chama docemente os filhos para jantar, trata a mulher de forma carinhosa, e por fim abre a porta do banheiro, onde está um prisioneiro, amarrado com uma corrente ao cano do chuveiro. Para a família criminosa, as coisas não terminaram bem. Alejandro tentou se matar, foi condenado, e morreu em 2008. Arquimedes ficou 23 anos preso, foi solto, refugiou-se na casa de um pastor e morreu aos 84. Não se sabe se a esposa sabia das atividades dos homens da família, e a filha morreu de câncer alguns anos depois. Arquimedes jamais revelou detalhes de nenhuma das operações nem admitiu sua culpa. Em sua última entrevista, disse que levaria seus segredos para a tumba. De fato o fez.
Arquímedes também saiu da prisão em 2008 e mudou-se para a província de La Pampa, onde faleceu em 2013, depois de sofrer um AVC.
O caso Puccio sempre intrigou a todos pelas perguntas que deixou no ar sobre os medos, paranoias e impulsos violentos daquela sociedade saída dos anos de chumbo. Ainda que visasse o lucro, jamais se entendeu bem como uma família que parecia pacata pudesse ser capaz de ações tão violentas apenas por dinheiro. Tinham uma boa casa, não passavam por dificuldades financeiras e um dos filhos era um ídolo do esporte local. A ideia de que tudo tenha sido um delírio movido por pura crueldade assalta a todos os que visitam o endereço que ficou maldito em Buenos Aires: a esquina das ruas Martín e Omar, no bairro de San Isidro. Ali, os vizinhos dos Puccio se deram conta, com horror, de que o “louco da vassoura”, na verdade, não era um obsessivo da limpeza, mas sim um terrível assassino que vigiava a rua dia e noite, tentando evitar que alguém se desse conta de que, dentro de sua casa, prisioneiros esperavam a hora da morte.
Daniel Puccio conhecido como "Magilla". Foi preso porem fugiu e hoje acreditasse que viva no Brasil
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