INTERADUS: março 2017

Primeira favela brasileira surgiu há 120 anos

Em 1897, aproximadamente 10 mil soldados voltaram da Guerra de Canudos e se instalaram no atual Morro da Providência, no Rio. O local, que já era habitado por ex-escravos, se transformou na primeira favela brasileira

Datada de 1900, foto do morro da Favela mostra a área ocupada atrás do Quartel General - Foto: Reprodução

Há exatos 120 anos surgia a primeira favela brasileira, que ainda não era chamada desta forma. O pequeno assentamento, formado inicialmente por ex-escravos, ganhou a partir de 1897 uma grande quantidade de novos moradores, criando uma verdadeira comunidade. Localizada no atual Morro da Providência, no Rio de Janeiro, a ocupação inicialmente se restringia a algumas dezenas de casebres, que ao longo do ano receberam mais de 10 mil novos vizinhos, em especial ex-soldados que retornavam da Guerra de Canudos. Os primeiros moradores do assentamento no eram habitantes do antigo cortiço "Cabeça de Porco", que havia sido demolido tempos antes.

Ainda sem nome, a área ocupada logo ganhou um apelido dos ex-combatentes. O conglomerado de pequenas casas passou a ser chamado de Favela, numa referência ao nome do morro onde os soldados haviam montado acampamento durante a guerra. Favela é o nome popular da Cnidoscolus quercifolius, uma planta endêmica da região nordeste brasileira. Se no passado a palavra era um nome próprio, atualmente se transformou numa termologia para se referir a um assentamento urbano informal.

A justificativa para a ocupação há 120 anos é a mesma dos dias atuais, a falta de moradias. Os ex-soldados tinham a promessa que ao retornarem da batalha receberiam o soldo, mas o valor nunca foi pago. Sem dinheiro e local para morarem, eles invadiram um trecho do morro, onde ficava uma chácara abandonada. Naquele momento, nascia a primeira favela brasileira. Com os anos, outros assentamentos também passaram a serem chamados de favelas, numa referência a ocupação do Morro da Providência.



As primeiras casas foram erguidas no sopé do morro, seguindo o estilo das construções de Canudos. De alvenaria com paredes caiadas e telhados de madeira, as residências foram engolidas pelo emprego dos próprios moradores. A maioria dos habitantes da comunidade da Favela trabalhavam numa pedreira no morro, que consumiu, literalmente, o terreno onde viviam. A mina funcionou até 1968, quando ocorreu um desabamento que soterrou e matou 36 pessoas.

Reintegração de posse

Em novembro de 1904, a prefeitura do Rio de Janeiro decidiu desocupar o morro da Favela, que estava numa área invadida. O problema é que no mesmo período ocorreu a Revolta da Vacina e devido ao caos generalizado na cidade, a reintegração de posse foi suspensa. Focada em combater os distúrbios pelas ruas cariocas, a prefeitura pôs a desocupação da área em segundo plano. Outra preocupação da então administração pública era o fato de que muitos habitantes daquela comunidade haviam participado da Revolta e considerassem a reintegração como uma "punição" pelo ato.

Fonte: http://www2.uol.com.br/guiadolitoral/materias/primeira_favela_brasileira_surgiu_ha_120_anos-3997-2017.shtml

Fogo grego: O lança-chamas da Idade Média!


Em 677, as tropas do califa Yazid comemoravam quatro anos às portas de Constantinopla. Repetidas vezes, os invasores tentavam quebrar as defesas da cidade e, frustrados, atravessavam o Mar de Marmara para recuperarem as forças na cidade ocupada de Cízico, a 13 km da capital. Ainda que as muralhas resistissem, os árabes eram uma séria ameaça.

Os bizantinos (ou romanos, como chamavam a si próprios, ainda que falassem grego) resolveram tomar a iniciativa. Seus navios avançaram pelo mar para interceptar a frota árabe. Seus dromons eram galeras parecidas com as trirremes da antiguidade, mas sem a capacidade de destruir navios a trombadas.



Normalmente, esses barcos portavam catapultas e arqueiros. Foi com alguma surpresa que os árabes os viram se aproximar cada vez mais, até poucos metros de distância. Então, surgiu um barulho infernal, como um trovão, e uma torrente de fogo saiu dos navios inimigos. O líquido incendiário era pegajoso, impossível de tirar da madeira e das roupas. Jogar-se ao mar não adiantava, porque ele também queimava sobre a água. A frota islâmica foi aniquilada.

Assim estreou o fogo grego, um lança-chamas medieval que atingia alvos a 15 metros e cujas chamas não eram extintas por água. Era uma arma secreta: cada fase da produção do líquido e dos lança-chamas ocorria separadamente, de forma que ninguém conhecesse o processo inteiro. Mesmo povos que conseguiram capturar navios intactos, com o combustível, não foram capazes de replicar a fórmula.

Historiadores acreditam que a base fosse petróleo, com resinas vegetais e gordura animal para tornar a mistura mais espessa, disparada de uma espécie de panela de pressão ligada a uma bomba. Nunca replicado, o fogo grego garantiu a sobrevivência do Império Romano do Oriente por quase oito séculos, até ser confrontado com outra novidade ainda mais letal: os canhões do Império Otomano.

De: Aventuras Na História

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